quarta-feira, 27 de novembro de 2013

índios cobram espaço no mercado de trabalho

Durante a plenária estadual realizada pela UGT (União Geral dos Trabalhadores), indígenas protestaram contra o preconceito sofrido no mercado de trabalho. Mesmo com formação acadêmica e competência para atuar, muitos não conseguem espaço para desenvolver suas atividades profissionais por preconceito da sociedade.


“De toda a nossa comunidade quem sofre mais com a discriminação é a mulher. Para elas a situação é mais complicada, porque existe muita exploração de mão de obra escrava”, disse a coordenadora das mulheres da Arpipan (Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal).. Os índios revelaram ainda que as usinas de cana de açúcar são as que mais praticam trabalho escravo e as que mais abusam do trabalho indígena.
Segundo o presidente da UGT-MS, Fábio Bezerra, há denúncias de que nestas usinas os patrões oferecem energéticos e estimulantes para as pessoas produzirem mais que o limite tolerado pelo corpo. “Não podemos aceitar que situações como estas continuem acontecendo, por isso é importante encontros como este, para ficarmos a par dos problemas vividos pelos trabalhadores”, explica.
Outros sindicatos também expuseram as dificuldades e os esforços em prol de suas categorias. No caso dos bancários foi falado sobre a pressão diária sofrida pelos profissionais, para atingir metas de venda de produtos. Já os trabalhadores em carvoaria relataram a despreocupação dos patrões em oferecer condições mínimas de segurança no trabalho e o descaso em relação a situação social do trabalhador. “De todas as fiscalizações feitas pelo Ministério Público a pedido do sindicato mais de 95% eram procedentes e as empresas foram autuadas como irregulares”, revela Marcos Marin, presidente do Sitiemc-MS (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Indústrias de Extrativas, Mineração e Carvão Vegetal).

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